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Soblec informa: cuidados especiais com a saúde dos olhos


Uma epidemia viral de conjuntivite se instalou em algumas regiões do sul do país e está fazendo com que muitas pessoas se contaminem também no Paraná e outros pontos do país. Coincidindo com a chegada das férias, o problema se agrava e alguns cuidados são fundamentais para não transformar o momento de descanso no início de um problema para os olhos, conforme atenta a presidente da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (SOBLEC), Dra. Tania Schaefer.

“No verão, os grandes vilões para a saúde dos olhos são a proliferação de bactérias no ar, o contato com agentes químicos, a água contaminada, a maior exposição ao sol e a evaporação da lágrima”, explica. “Desta vez, o foco das preocupações está num aumento de casos de conjuntivite viral em relação aos últimos anos. Só nesta semana, atendi 17 pacientes com esse tipo de infecção ocular”, conta a oftalmologista. “Por isso, a população precisa estar atenta para este grave problema, que pode causar até cegueira quando não tratado”, releva.

Para combater a epidemia é importante que as pessoas com conjuntivite, bem como as que não apresentam a infecção,tenham informações para estarem protegidos e evitem o contágio, que se dá pelo contato físico do olho com as mãos, com objetos, em piscinas ou pelo uso de toalhas contaminadas. “Para piorar, no calor, a maioria das pessoas se alimenta mal e tem queda de imunidade, o que facilita a contaminação dos olhos. Por isso, cuidados com a alimentação e a higiene são fundamentais para a situação que estamos vivenciando. Se alguém possuir os sintomas de conjuntivite viral (ver abaixo), deve procurar um oftalmologista imediatamente”, finaliza a médica.
* * *


INFORMAÇÕES IMPORTANTES

- A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva que tem como principais sintomas: coceira, olhos vermelhos, pálpebras inchadas, sensibilidade à luz e lacrimejamento.

- O vírus é um agente infeccioso de tamanho mínimo, que parasita células do organismo, se multiplicando no interior destas, destruindo-as e causando doença. O causador desta conjuntivite pode ser um de cerca de 12 tipos de vírus. Os mais freqüentes são o adenovirus e enterovirus. Este último, aliás, foi identificado em S. Paulo, no Instituto Adolfo Lutz, como o responsável pela epidemia deste ano.


O paciente sente:
- coceira
- ardência
- sensação de areia ou de corpo estranho
- irritação
- fotofobia
- picadas
- algum embaçamento da visão.


Evolução
-         O período de incubação é de 4 a 7 dias.
-         Geralmente começa por um dos olhos e, com 3-4 dias, passa para o outro também.
-         A fase aguda dura de mais 7 a 10 dias (maior risco de passar para outras pessoas).
-         A vermelhidão pode ficar até 2 a 3 semanas (principalmente se houve hemorragia)


Em face de uma conjuntivite viral, o que fazer antes, durante e depois?

ANTES (tentando escapar do contágio):
-      Evitar ambientes fechados e com muita gente: conduções lotadas, auditórios, escolas, certos ambientes de trabalho.
-      O ar condicionado ajuda a disseminar a doença - evitar.
-      Não ir a sauna, praia e piscina, neste período de epidemia.
-      Restringir apertos de mão, abraços e beijos na face.
-      Não tocar objetos pegados antes por portador da doença, como maçanetas, alças, bolsas, pacotes, teclados, caneta/lápis, copo, talheres etc. Se o fizer, lavar logo as mãos e não passá-las no próprio rosto, por algum tempo.
-      Estes objetos também devem ser limpos, de preferência com álcool.
-      Lavar o rosto e as mãos com maior freqüência que o comum.

DURANTE (quando já pegou a conjuntivite):
-         Seja solidário e evite propagar a doença, poupando outros de seu contato.
-         Se ficar com intolerância à luz forte, use óculos escuros.
-         Não coçar os olhos com os dedos. Se sentir necessidade de fazê-lo, usar gazes esterilizadas ou lenços de papel e descartá-los imediatamente. Passar com delicadeza. Esfregar fortemente agrava a doença. Lavar as mãos, logo em seguida.
-         Preferir toalhas de papel.
-      Separar seu travesseiro e trocar a fronha diariamente.
-      Casais: preferir dormir separados, neste período
-      Não compartilhar lentes de contato, óculos e maquilagem (se costuma usá-la).
-      Separar seu sabonete (sólido ou líquido) e fazer uso exclusivo.
-      Lavar o rosto com água da torneira, até pode; mas, nos olhos e em torno deles, preferir água fervida (gelada).
-      Se as pálpebras amanhecerem coladas, deixar compressas de gaze úmida morna, sobre os olhos fechados, por 3-5 minutos, para amolecer a secreção e facilitar sua limpeza.
-      Guardar uma parte da água fervida na geladeira e fazer compressas geladas, com gaze esterilizada, sobre os olhos fechados, durante 5 minutos, 5 a 6 vezes ao dia. O frio diminue o desconforto, o edema e o prurido.
-      Nos intervalos das compressas, se sentir falta, pode-se pingar soro fisiológico gelado.
-      Habitualmente não há dor constante (mais para "picadas"). Se acontecer dor mesmo, Em caso de dor, consultar um(a) oftalmologista.
-      Colírios mistos, com cortisona, devem ser evitados e só usados sob prescrição médica.


DEPOIS (avaliando os estragos)

-         Mesmo tendo desaparecido os sinais e sintomas, principalmente se foi usado colírio com corticóide, visitar novamente o Oftalmologista para uma avaliação precisa.


Fonte da notícia: SOBLEC / Beleza,saúde e moda com styllo


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